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Comércio varejista do Amazonas tem, em outubro, a quinta retração no volume de vendas

Comércio varejista local registrou queda de 1% no volume de vendas, marca que colocou o Amazonas na 25ª posição entre os estados
13/12/25 às 08:11h
Comércio varejista do Amazonas tem, em outubro, a quinta retração no volume de vendas

O setor de comércio e serviços respondeu por 52,4% do total arrecadado com ICMS no Estado. (Foto: divulgação/Fecomercio-AM)

As vendas do comércio varejista do Amazonas em outubro tiveram uma variação negativa de -1% na comparação com o mês anterior. Foi a quinta retração do ano, sendo que a maior foi registrada em março, quando as vendas despencaram -5,8% em relação a fevereiro. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta semana.

Na comparação interanual, as vendas no Varejo ficaram com taxa de –1,2% comparado com outubro de 2024. No índice que mede o acumulado no ano de 2025, a variação foi de 1,1%. Já no acumulado em 12 meses (nov 2024 – out 2025), a taxa ficou em 1,6%.

No Varejo Ampliado, que inclui, além do Varejo, atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o Comércio teve variação de –0,5% em outubro; de –1,3% na taxa interanual; 1,5% na variação acumulada no ano e 2,4% no índice que mostra a variação acumulada em 12 meses.


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Péssima posição na comparação entre Estados

Com o resultado do volume de vendas de –1% no Comércio Varejista, em outubro, Amazonas ficou na vigésima quinta posição no desempenho do setor entre as Unidades da Federação (UFs). Em relação a setembro, 19 das 27 Unidades da Federação mostraram altas no volume de vendas. Os melhores resultados ficaram com Espírito Santo (2,7%), Rondônia (2,6%) e Distrito Federal (2,5%). Já os menores desempenhos foram, no mesmo mês, de Mato Grosso (-1,8%), Rio Grande do Sul (-1,2%) e Amazonas (-1%).

No Varejo Ampliado, o estado ficou na vigésima terceira posição, com variação em outubro de –0,5%. Outubro trouxe resultados positivos para 18 das 27 Unidades da Federação. As maiores taxas ficaram com Amapá (2,8%), Pernambuco (2,3%) e Distrito Federal (2,2%). Já as menores foram do Rio Grande do Sul (-2,6%), de Alagoas (-1,4%) e de Tocantins (-0,7%).

Para o economista da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomercio-AM), Max Cohen, o consumidor amazonense mostra-se prudente e com baixa intenção de compra neste último trimestre de 2025.

Após analisar dados de três índices diferentes, o de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) e a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), Max Cohen afirma que a prudência do consumidor contrasta com o otimismo dos empresários do comércio e um alto nível de endividamento das famílias manauaras.

“Essa combinação sugere um cenário de transição, marcado por desafios estruturais, mas também por janelas de oportunidade no curto prazo”, avalia Cohen.