Fim de ano: como cuidar dos pets durante festas e viagens

Falta pouco para as festas de fim de ano e nada mais justo que garantir o bem-estar dos pets durante as celebrações, especialmente no país que já possui mais de 62,2 milhões de cães e 30,8 milhões de gatos domesticados, conforme a última estimativa da Abinpet e do Instituto Pet Brasil. Os dados são maiores que o número de crianças menores de 14 anos de idade, que totaliza 40,1 milhões, segundo o Censo Demográfico 2022.

Na hora de confraternizar em casa, viajar de férias ou admirar os fogos de artifício, é preciso tomar algumas medidas para proteger a saúde dos pets

Os cuidados iniciam no momento de decidir o local das festividades. Se o final de ano for em casa, com o espaço recheado de familiares e amigos, os tutores não devem esquecer de preparar um ambiente tranquilo para os companheiros de quatro patas, com cama, água e brinquedos, é o que explica a médica veterinária Ádria Camila Souza da Silva.

“Os animais ficam ansiosos com barulhos, visitas e agitação, então evite mudanças inesperadas/bruscas e fique atento aos sinais de estresse, como, por exemplo, quando o pet apresenta tremores, fica ofegante, se esconde ou realiza lambeduras excessivas”, aponta a médica veterinária.

No caso de quem decide viajar com os peludos, Ádria explica que é primordial submeter o animal a uma consulta veterinária para atualizar vacinas, vermífugos, antiparasitários e emissão de atestado de saúde.

“É indispensável verificar se ele está com boas condições. Também é preciso prover identificação para o animal com coleira e microchip, bem como adaptá-lo à caixa de transporte dias antes da viagem. E óbvio que ele precisa contar com itens essenciais na mala, como carteira de vacinação, atestado de saúde, ração, água, caixa de transporte, tapete higiênico, saquinhos de fezes, manta, brinquedos, petiscos, medicações de uso contínuo e kit de primeiros socorros”, detalha.

Ádria deixa algumas dicas tanto para quem for viajar com o pet de carro ou ônibus quanto para quem preferir avião. “Devem ser transportados em caixa de transporte adequada ou com cinto peitoral e a temperatura ambiente deve estar agradável. Também é necessário realizar paradas a cada duas horas para que o animal possa fazer necessidades e beber água, sem exageros. E, principalmente, ele jamais deve ser deixado dentro do carro estacionado”.

Ádria reforça que, no caso das viagens aéreas, é essencial seguir as boas práticas, lembrando que “o animal deve ser transportado em caixa de transporte e é necessário verificar as regras exigidas pela companhia aérea, bem como as exigências de outro país em caso de viagens internacionais”. Ela acrescenta que, para evitar enjoos em qualquer modal de transporte, “a alimentação deve ser oferecida três horas antes e em pouca quantidade”.

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Sob alerta

A ceia exige atenção dos tutores, já que diversos alimentos são proibidos para os pets, como chocolate, uva, alho, cebola, ossos cozidos e comidas gordurosas.

Ádria reforça que, “caso queiram uma dieta especial para a ceia, é recomendado procurar o médico veterinário nutricionista”. Ela também alerta para os fogos de artifício: o animal deve ficar em ambiente seguro, nunca sozinho em área aberta. Para pets ansiosos, “a melhor indicação é buscar um médico veterinário antes das festas”, e, no momento dos fogos, o responsável pode associar os sons a estímulos positivos, como “petiscos, músicas e brinquedos interativos”, garantindo mais segurança e tranquilidade.