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Escudo de radiação de Chernobyl é atingido por drone e técnicos avaliam riscos

O desastre de Chernobyl, em 1986, espalhou radiação por diversos países europeus e exigiu uma grande mobilização da então União Soviética para conter os efeitos da explosão
06/12/25 às 15:05h
Escudo de radiação de Chernobyl é atingido por drone e técnicos avaliam riscos

(Foto: Getty Images)

A estrutura construída para isolar o material radioativo do reator destruído da usina de Chernobyl, na Ucrânia, já não cumpre plenamente sua função de segurança após ter sido danificada por um ataque de drone em fevereiro. A avaliação foi divulgada nesta sexta-feira (5/12) pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU responsável pela regulação nuclear.

A constatação veio após uma inspeção realizada na semana passada no New Safe Confinement (NSC), o arco de aço concluído em 2019 para substituir o antigo “sarcófago” soviético erguido logo após o acidente de 1986. Segundo o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, a missão confirmou que a estrutura perdeu suas funções essenciais de contenção, embora não tenham sido encontrados danos permanentes nas bases de sustentação nem nos sistemas de monitoramento.

Grossi informou que reparos emergenciais já foram feitos, mas ressaltou que uma restauração completa é necessária para evitar deteriorações futuras e garantir a segurança nuclear a longo prazo.

O ataque ocorreu em 14 de fevereiro, quando, segundo as autoridades ucranianas, um drone carregado com explosivos atingiu a área e provocou um incêndio que danificou o revestimento externo do reator número quatro. A Ucrânia responsabiliza a Rússia pela ação; Moscou nega ter bombardeado a usina. Apesar do incidente, os níveis de radiação permaneceram estáveis e não houve registro de vazamento.


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O desastre de Chernobyl, em 1986, espalhou radiação por diversos países europeus e exigiu uma grande mobilização da então União Soviética para conter os efeitos da explosão. O último reator em funcionamento foi desligado em 2000. Já o NSC, construído entre 2010 e 2019 com apoio financeiro de 45 países, mais de 1,5 bilhão de euros, reúne tecnologia internacional envolvendo 10 mil profissionais.

A usina voltou ao centro do conflito em 2022, quando tropas russas ocuparam o local durante as primeiras semanas da invasão da Ucrânia. A inspeção mais recente da AIEA ocorreu paralelamente a um levantamento nacional sobre danos a subestações elétricas provocados pela guerra, que se aproxima do quarto ano.

 

*Com informações do G1