José Antonio Kast, do partido Republicano, é eleito presidente do Chile

O candidato de direita José Antonio Kast foi eleito presidente do Chile neste domingo (14/12), com mais de 58% dos votos, segundo dados oficiais do Serviço Eleitoral chileno (Servel). A adversária no segundo turno, a candidata de esquerda Jeanette Jara, reconheceu a derrota e parabenizou o vencedor. Em publicação nas redes sociais, ela afirmou que já entrou em contato com Kast para desejar sucesso ao novo governo “pelo bem do Chile”.

Kast, de 59 anos, liderou as pesquisas desde a primeira etapa da disputa e confirmou o favoritismo nas urnas. Líder do Partido Republicano, ele assume como o presidente mais alinhado à direita desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet, em 1990.

A eleição ocorre em um cenário de alternância de poder no país: desde 2010, direita e esquerda se revezam no comando do Executivo chileno. Jara, ex-ministra do Trabalho do atual presidente Gabriel Boric, venceu o primeiro turno, mas a soma dos votos dos candidatos conservadores ultrapassou 50%, impulsionada principalmente pelo discurso de combate à criminalidade.

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A segurança pública foi um dos temas centrais da campanha. Apesar de o Chile ainda figurar entre os países mais seguros da América Latina, pesquisas indicam forte preocupação da população com a violência. Dados citados por institutos de pesquisa mostram crescimento expressivo nos índices de homicídios na última década e aumento nos registros de sequestros nos últimos anos.

Durante a campanha, Kast prometeu endurecer o enfrentamento ao crime, ampliar os poderes das forças policiais e empregar militares em áreas consideradas críticas. Ele também defendeu medidas rígidas contra a imigração irregular, incluindo a expulsão de estrangeiros sem documentação e o reforço da vigilância nas fronteiras, especialmente na divisa com a Bolívia.

Esta foi a terceira vez que Kast concorreu à Presidência do Chile. Crítico do aborto mesmo em casos de estupro, o novo presidente afirma ser um defensor da democracia, apesar de já ter feito declarações elogiosas ao legado do regime de Pinochet.

(*)Com informações do G1