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Ganhadora do Nobel da Paz e opositora de Maduro diz que “a Venezuela já foi invadida”

María Corina Machado viajou à Noruega correndo risco para receber seu Nobel da Paz e falou com jornalistas
11/12/25 às 13:30h
Ganhadora do Nobel da Paz e opositora de Maduro diz que “a Venezuela já foi invadida”

María Corina Machado, ao receber seu prêmio em Oslo, na Noruega (Foto: Reprodução/X).

A ganhadora do Prêmio Nobel de 2025 e líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, se reuniu nesta quinta (11/12) com o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, em Oslo. Ela viajou ao país por causa da entrega do Nobel da Paz, mas não chegou a tempo para a cerimônia, na qual foi representada pela filha na quarta (10/12).

Corina, que não era vista há quase um ano, fez uma rara aparição pública na varanda de um hotel na madrugada desta quinta e respondeu a perguntas de jornalistas.

Em seu discurso, ela disse:

“Gostaria de dizer a todos os cidadãos do mundo nesta hora e assegurar-lhes que tenho muita esperança de que a Venezuela será livre e que transformaremos o país num farol de esperança e oportunidade, de democracia”.


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Depois, ao ser questionada sobre uma possível intervenção militar dos Estados Unidos, em meio a tensões entre os presidentes Donald Trump e Nicolás Maduro, ela respondeu que “a Venezuela já foi invadida”.

“Temos agentes russos, temos agentes iranianos. Temos grupos terroristas como o Hezbollah e o Hamas operando livremente em conluio com o regime. Temos os gorilas colombianos, os cartéis de drogas que controlam mais de 60% da nossa população. E não se trata apenas de tráfico de drogas, mas também de tráfico humano.

O que sustenta o regime é um sistema de repressão muito poderoso e bem financiado. De onde vem esse dinheiro? Bem, do tráfico de drogas e do mercado negro de petróleo, do tráfico de armas, do tráfico humano. Precisamos cortar esses fluxos. E quando isso acontecer e a repressão enfraquecer, acabou, porque é a única coisa que resta ao regime: violência e terror”, acrescentou.

Ela também se recusou a dizer quando voltará à Venezuela, mas disse que levará o Nobel da Paz até o seu país.

A viagem de Corina até Oslo foi arriscada. Perseguida pelo governo do presidente Nicolás Maduro, ela está proibida de deixar a Venezuela e tem vivido praticamente escondida durante o último ano.

*Com informações de CNN Brasil e Metrópoles