Bancos apresentam nova proposta de empréstimo de R$ 12 bilhões para evitar colapso financeiro dos Correios

(Foto: Divulgação)
Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander chegaram a um novo acordo para tentar viabilizar um empréstimo de R$ 12 bilhões aos Correios. A operação, fechada nesta sexta-feira (12/12), ainda precisa do aval do Tesouro Nacional para ser efetivada. A informação foi publicada pelo Estadão e confirmada pelo CNN Money.
A negociação é uma alternativa à primeira tentativa de financiamento, no valor de R$ 20 bilhões, rejeitada pelo Tesouro devido à taxa de juros de 136% do CDI, acima do limite de 120% que o governo está disposto a cobrir. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a proposta inicial representava “risco elevado” para a União e nunca chegou a ser formalizada.
Diante da recusa, os Correios passaram a buscar diferentes frentes para cobrir o rombo previsto para 2025, incluindo um aporte emergencial da União estimado em R$ 5,8 bilhões. A estatal também ajustou o valor solicitado aos bancos para tentar atrair mais instituições e negociar condições mais favoráveis.
Os detalhes da nova proposta, como taxas e prazos, não foram divulgados.
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A situação financeira dos Correios é crítica. De janeiro a setembro deste ano, o prejuízo somado ultrapassa R$ 6 bilhões, e os déficits acumulados desde 2022 já passam de R$ 10 bilhões. Para reequilibrar as contas, a empresa elaborou um plano de reestruturação que prevê um programa de demissão voluntária, estimado para desligar cerca de 15 mil funcionários entre 2026 e 2027, encerramento de agências e a venda de imóveis, que pode gerar cerca de R$ 1,5 bilhão.
O governo federal considera praticamente certo o aporte previsto para 2025. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ajuda dependerá da aprovação de um plano técnico pelo Tesouro, mas reconheceu que o socorro deve ocorrer ainda este ano. Ele também declarou que o governo não pretende ficar “com a faca no pescoço por incompreensão de instituição financeira” e deve enviar ao Congresso um PLN para autorizar o crédito.
*Com informações da CNN Money






