MP denuncia jovens por mortes em racha na Avenida do Turismo e pede prisão preventiva em Manaus

(Foto: Divulgação)
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) ofereceu denúncia à Justiça contra Renan Maciel da Silva, de 20 anos e Luis Gustavo Silva Lima, de 23 anos, pelas mortes de Yasmin Ferreira de Oliveira e Odorico Manoel Freitas, ocorridas no dia 16 de novembro de 2025, durante uma disputa de “racha” na Avenida do Turismo, na zona Oeste de Manaus.
Segundo a denúncia, os acusados estariam dirigindo acima de 120 km/h, aproximadamente o dobro do permitido na via, quando atingiram o veículo de Odorico, que não tinha relação com a corrida clandestina. O impacto teria provocado o capotamento do carro da vítima, que morreu no local. No desdobramento da colisão, o veículo dos denunciados também capotou, e Yasmin foi arremessada para fora do automóvel, não resistindo aos ferimentos.
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O promotor Gabriel Salvino Chagas do Nascimento sustenta que os jovens agiram com dolo eventual, quando o agente assume o risco de produzir o resultado, ao disputar corrida em via pública. A denúncia aponta ainda duas qualificadoras: motivo torpe, associado ao “exibicionismo, vaidade e satisfação egoística” atribuídos ao racha, e recurso que dificultou a defesa das vítimas, já que elas teriam sido surpreendidas pela velocidade considerada “descomunal”.
As investigações também indicam que Renan Maciel teria ingerido bebida alcoólica antes do episódio e que haveria registros de ostentação de rachas nas redes sociais. Além disso, conforme a apuração, os dois condutores estavam com a CNH vencida.
Na denúncia, o MPAM pediu a manutenção da prisão preventiva dos acusados e citou o aumento de mortes no trânsito em Manaus, mencionando 167 óbitos entre janeiro e setembro de 2025, ressaltando que “esses números não podem ser normalizados ou considerados meros acidentes”.
Pedido de indenização
Além da responsabilização criminal, o MPAM solicitou que a Justiça fixe um valor mínimo de R$ 50 mil por vítima, a título de danos morais, para cada uma das seis vítimas (entre mortos e sobreviventes feridos), a ser pago por cada um dos réus. O caso tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus.






