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Brasileiro integra ranking dos 10 cientistas mais influentes de 2025

Reconhecimento destaca impacto de pesquisa nacional na saúde pública
09/12/25 às 08:04h
Brasileiro integra ranking dos 10 cientistas mais influentes de 2025

(Foto: Reprodução/Nature’s 10)

O pesquisador Luciano Moreira foi incluído entre as dez personalidades que influenciaram a ciência em 2025, de acordo com a lista divulgada pela revista Nature, uma das mais prestigiadas publicações científicas do mundo. Sua principal linha de atuação envolve o uso da bactéria Wolbachia em mosquitos Aedes aegypti para bloquear a transmissão de doenças.

Engenheiro agrônomo e entomologista, Moreira integra a equipe responsável por uma unidade de produção instalada em Curitiba, no Paraná, onde são gerados semanalmente mais de 80 milhões de ovos de Aedes aegypti. A estrutura faz parte de uma ampla estratégia nacional para enfrentar enfermidades propagadas pelo mosquito.

A iniciativa baseia-se na introdução da bactéria Wolbachia nos insetos, o que impede que eles transmitam diversos patógenos que afetam humanos. Nas instalações, a criação ocorre em ambiente climatizado e organizado em fileiras de gaiolas. Depois que os ovos se desenvolvem, os mosquitos são liberados em diferentes regiões do país para ajudar a conter surtos de dengue e outras doenças.


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Testado no Brasil desde 2014, o método vem demonstrando forte impacto na redução da circulação viral e dos custos associados ao tratamento dessas enfermidades. A adoção da técnica foi aprovada pelo governo federal e, segundo especialistas, só ganhou força graças ao empenho de Moreira em defendê-la e comprovar sua eficiência.

“Ele não só conseguiu realizar o trabalho acadêmico, conduzindo experimentos para demonstrar a eficácia do modelo, como também convenceu os tomadores de decisão política a implementar a tecnologia”, afirma Pedro Lagerblad de Oliveira, entomologista molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Presente em 14 países, o método consiste em liberar no ambiente mosquitos inoculados com a Wolbachia, para que se reproduzam com a população local de Aedes aegypti e gerem descendentes também portadores da bactéria e, portanto, com menores chances de transmitir dengue, chikungunya ou zika para humanos.