Estudantes do Pará apontam novo vazamento de questões do Enem

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Estudantes do Pará que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) afirmam ter identificado um novo possível vazamento de questões. A versão aplicada nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro teria apresentado itens muito semelhantes ao conteúdo divulgado previamente pelo estudante de medicina Edcley Teixeira e por um amigo, que também atua como monitor e vende cursos preparatórios. A denúncia aparece um mês após o escândalo envolvendo suspeitas de fraude no Enem.
De acordo com relatos publicados na rede social X, questões das áreas de humanas e exatas se assemelham ao que Edcley e o colega compartilharam em PDFs, apostilas, grupos de WhatsApp e até mesmo em lives no YouTube destinadas a alunos e, em alguns momentos, ao público geral.
A situação ganhou ainda mais repercussão porque Belém, Ananindeua e Marituba realizaram provas diferentes do restante do país, em razão da COP 30, que exigiu datas e versões específicas do exame para o estado.
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A suspeita aumentou depois da circulação de uma live de Edcley de Souza Teixeira que, segundo usuários, foi publicada cinco dias antes da prova de Ciências da Natureza e exibiu questões quase idênticas às aplicadas no exame. Também foi apontado que, em sua “monitoria”, Edcley disponibilizava PDFs com questões que poderiam cair no Enem, o que levou alguns participantes a suspeitarem que o estudante teria acesso prévio a material sigiloso. Em uma das situações citadas, ele chegou a mostrar durante uma live uma questão de biologia com os mesmos dados do item que seria cobrado na prova oficial, que ainda não havia sido aplicada.
Edcley rejeita as acusações e afirma que utiliza uma metodologia baseada em engenharia reversa, criando questões a partir de “informações públicas” ou de itens que ele viu na prova da Capes. Esse exame, feito para o prêmio Talento Universitário, funciona como um pré-teste do Enem e inclui questões que podem ser usadas em futuras edições.
Até o momento, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) não se pronunciaram sobre o possível novo vazamento.
*Com informações do Metrópoles






